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Liliane Bastos

Sexta Nobre celebra o Dia dos Namorados e homenageia os radiotelegrafistas


Junho é marcado pelo idílio romântico do Dia dos Namorados e, dada a estreita relação com os radiotelegrafistas, para marcar a data, o Grêmio Geraldo Santana realizou na sexta-feira, 08 de junho, a Sexta Nobre – Noite dos Namorados e homenagem aos Radiotelegrafistas. O salão social foi especialmente preparado para receber os casais apaixonados, associados, convidados e homenageados da noite. Com uma decoração em tons de rosa e vermelho, lembrando o amor e a paixão, e um ambiente a parte, concebido a partir de um acervo histórico de equipamentos de comunicação militar, o evento ganhou ares de elegante museu.

Durante a cerimônia, os elos entre o Geraldo Santana e os radiotelegrafistas foram relembrados. “Nossa história tem muito a ver com os radiotelegrafistas e nos orgulhamos de nossas raízes” afirmou o presidente Ivo Izolan durante seu pronunciamento.

O jantar contou com um cardápio especialmente preparado pelo renomado Buffet Mont Black, com pratos quentes, saladas e sobremesas refinadas. Já o espetáculo de som, luzes e muita música foi comandado pela Banda Áudio 5, ansiosamente esperada pelos assíduos frequentadores do clube. Depois do encerramento da solenidade, os casais ocuparam a pista de danças até a madrugada. Membros da Diretoria Executiva, conselheiros e diretores prestigiaram o evento acompanhados das esposas.

Por que homenagear os radiotelegrafistas?

Uma pergunta recorrente é por que o Grêmio Geraldo Santana homenageia na Sexta Nobre de Junho os radiotelegrafistas. Muitos desconhecem que a origem do clube está intimamente ligada a essa honrosa classe militar.

O ponto de partida do Grêmio Geraldo Santana está ancorado algum tempo antes da sua própria fundação. Conforme relatos registrados no livro dos 40 anos do Grêmio Geraldo Santana, na década de 1940, funcionava em Porto Alegre o Centro de Instrução de Transmissões Regional – CITR, que ministrava aulas de comunicação para os cursos ‘B1’ destinado às praças oriundas da arma de Engenharia, e ‘B2’ para praças oriundas de outras armas. Durante a segunda Guerra Mundial, por volta do ano de 1943, foi criado um curso anexo com a finalidade de preparar os futuros componentes da Força Expedicionária Brasileira. Nessa época, alguns cabos e sargentos, integrantes do curso, costumavam distrair-se nos intervalos das aulas jogando peladas no pátio do Centro de Instrução de Transmissões Regional. O que começou como brincadeira, logo foi tomando ares de campeonato e os atletas foram se profissionalizando, investindo em uniformes e treinando no – então – campo da Fábrica de Fogões Geral. Mas foi o término do curso e o retorno dos integrantes às unidades de origem que gerou a necessidade de reencontros. Ficou acertado que a cada três meses, os radiotelegrafistas do Exército sediados em Porto Alegre, assim como os cabos e sargentos integrantes dos cursos ‘B1’ e ‘B2’ do Centro de Instrução de Transmissões Regional se reuniriam para um churrasco em homenagem aos aniversariantes do período.

Em 12 de fevereiro de 1947, esses pioneiros, reunidos em Assembleia Geral em uma sala cedida pela chefia, fundaram a agremiação denominada Grêmio Esportivo STR, que posteriormente, unindo-se a outras entidades afins deu origem ao nosso querido Grêmio Sargento Expedicionário Geraldo Santana. Nossa origem primeira, é radiotelegrafista. Estes profissionais celebram seu dia, anualmente, em 24 de maio. Por isso, prestamos, hoje, essa justa homenagem! Parabéns, Radiotelegrafistas!

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